A utilização de inteligência artificial generativa em Call of Duty: Black Ops 7, lançado em 14 de novembro, gerou controvérsia e levou o Steam a oferecer reembolsos aos jogadores insatisfeitos. A plataforma está atendendo pedidos de reembolso de jogadores que se sentiram lesados pela utilização de IA no jogo, alegando falta de transparência por parte da Activision.
O criador de conteúdo Bricky relatou no X (antigo Twitter) que, após completar a campanha, solicitou e obteve o reembolso no Steam. Ele justificou sua solicitação afirmando que o jogo utiliza constantemente elementos gerados por IA que não foram divulgados no material de marketing.
O Steam exige que os estúdios informem claramente o uso de IA em seus jogos. A Activision declarou utilizar “ferramentas de criação por meio de IA para ajudar a desenvolver alguns elementos do jogo”, mas muitos jogadores consideram essa descrição insuficiente e alegam que elementos visuais cruciais, como cartões, pôsteres e ícones, são gerados por IA, inclusive com estilos que lembram o Studio Ghibli.
As críticas se concentram na discrepância entre o preço cobrado pelo jogo e o nível de esforço dedicado pela desenvolvedora, um ponto que a Activision e a Microsoft ainda não comentaram.
Call of Duty: Black Ops 7 tem recebido críticas negativas desde o lançamento, com uma nota de usuário de 1,6/10, a mais baixa da franquia. No Steam, o jogo acumula mais de 2.000 análises “muito negativas”. O único aspecto elogiado é o Modo Zumbis. Dados de vendas na Europa indicam que Black Ops 7 vendeu apenas 50% do que seu antecessor no mesmo período e 63% menos que Battlefield 6 no primeiro fim de semana. Adicionalmente, muitos jogadores de Call of Duty: Black Ops 6 migraram para Battlefield 6.
A controvérsia em torno da IA agrava a situação, aumentando o descontentamento dos jogadores, que já observaram problemas semelhantes em títulos recentes da série. O silêncio da Activision em relação às críticas também contribui para o distanciamento da comunidade.