O valor de venda das duas maiores criptomoedas do mercado digital, Ethereum e Bitcoin, vem caindo desde janeiro. Hoje (13), de acordo com um levantamento do ARS Technica, ambas as moedas chegaram a valer menos de um terço do que elas registraram em seus picos pouco mais de seis meses atrás.
Só nos últimos sete dias, o valor da Bitcoin derreteu 9,48%, de acordo com o Portal do Bitcoin, e o Ethereum teve uma queda ainda mais profunda, perdendo quase 30% de valor em uma semana. Entre as 20 criptomoedas mais comercializadas no mundo, apenas o Tether registrou crescimento na última semana, batendo modestos 0,18% positivos. A maior queda no período é do IOTA, que derreteu 43,73%.
Uma unidade da Bitcoin, que em dezembro de 2017 era comercializada por US$ 20 mil, hoje sai por cerca de US$ 6,2 mil. O Ethereum, que bateu seu recorde em janeiro custando US$ 1,4 mil, hoje sai por US$ 290.
Não existe uma explicação oficial para essa crise no mercado de criptomoedas, mas muitos analistas acreditam que a “bolha das criptomoedas” finalmente estourou, porém de forma gradual.
É possível ainda que essa queda seja apenas mais um grande ciclo desse tipo de dinheiro digital. A Bitcoin já registrou grandes desvalorizações em 2011 e em 2014, mas, nessas ocasiões, essa queda passou praticamente despercebida pelo grande público, que ainda não ouvia falar de criptomoedas na grande imprensa. Em 2018, contudo, houve uma cobertura extensiva sobre o assunto, e isso pode ter espantando futuros novos investidores.
E foi justamente a entrada de novos investidores que pode ter inflado o preço da Bitcoin em 2017, especialmente no fim do ano. Há ainda a possibilidade de as inúmeras ICO ou ofertas iniciais de criptomoedas terem feito os preços subir. O lançamento dessas novas moedas foi realizado vendendo suas unidades com transações de Bitcoin, o que teria inflado ainda mais o preço dessa moeda em específico, que normalmente gera um “efeito-manda” em todo o criptomercado.
Fonte: TecMundo