O grupo USB Implementers Forum, formado por grandes empresas de tecnologia como Apple, Microsoft e Google, anunciou nesta quinta-feira um novo padrão de dispositivo de interface humana USB (ou USB HID, na sigla em inglês) para displays Braille. A notícia “representa um passo rumo à melhor acessibilidade para pessoas que são cegas ou têm pouca visão” porque deve tornar mais fácil usar um aparelho do tipo em diferentes sistemas operacionais e hardwares, segundo a própria organização.
Os displays Braille — também chamados de linhas Braille — não são telas no sentido mais popular da palavra, e sim dispositivos compostos por uma fileira de células Braille eletrônicas, usados para transformar o conteúdo exibido pelo PC ou por outro equipamento eletrônico em informação tátil. Os pinos das células se movem dinamicamente para representar o que está escrito em linhas de texto, identificadas com ajuda de algum software leitor de tela que seja compatível com o aparelho.
A ideia do novo padrão é tornar a instalação de um equipamento do tipo mais simples, para que os usuários precisem apenas ligá-los ao hardware desejado, esteja ele rodando Windows, Mac, Linux, Android ou iOS. Hoje, displays Braille precisam de softwares e drivers customizados, “criados para um sistema ou um leitor de tela específico”, segundo a USB-IF, o que representa uma dificuldade a mais na instalação.