A Uber adotou uma medida polêmica na tentativa de melhorar o tratamento dado aos motoristas no aplicativo. Segundo reportagem do Wall Street Journal, a empresa vai começar a banir passageiros na Austrália e na Nova Zelândia com notas que estejam abaixo da expectativa da companhia.
A gerente-geral da Uber no país, Susan Anderson, explicou que os passageiros cujas notas forem inferiores a 4 (numa escala de 5) serão notificados e terão uma chance de melhorar o índice de avaliação. Se a nota não subir, eles serão removidos da plataforma.
Quem utiliza o aplicativo da Uber sabe que motoristas e passageiros avaliam um ao outro ao final da corrida. Na Austrália, os passageiros cadastrados no app têm nota média de 4,5, e, portanto, na visão da empresa, a nova política deve afetar uma pequena parte dos usuários que desrespeita os condutores.
De acordo com a porta-voz da Uber, “os motoristas nos dizem que eles procuram respeito mútuo e cortesia. Você não precisa falar muito, mas seja respeitoso”, completou Susan. A Uber não informou se pretende estender para outros países a política adotada na Austrália e na Nova Zelândia. No código de conduta da empresa para o Brasil, a nova regra ainda não aparece.
Outras ferramentas de segurança
A Uber também anunciou nos Estados Unidos novas medidas de segurança para passageiros e motoristas. Uma das novidades é o “Ride Check”, um sistema que detecta paradas bruscas no trajeto e envia ao usuário um alerta pelo app para saber se o carro se envolveu num acidente. A partir da mesma tela, o app permite entrar em contato com o número de emergência.
Os passageiros que se preocupam com a ideia de que os motoristas sabem seus endereços também podem ficar mais tranquilos agora. O app vai começar a esconder os endereços de início e fim após cada viagem. Quando o motorista acessar seu histórico de viagens, verá apenas a região aproximada em que cada corrida começou e terminou, e não mais o endereço exato.
Por fim, outra novidade é que, em breve, o app da Uber para motoristas ganhará suporte a comandos de voz, de modo que o condutor possa entrar em contato com o passageiro a ser buscado, ou atender chamados, sem tirar a mão do volante. Ainda não há informações sobre quando estes recursos chegarão ao Brasil.
Fonte: Olhar Digital