Windows 10 tem bug que existe há quase 45 anos

Um bug existente desde 1974 ainda ronda as entranhas do Windows 10, revelou no último final de semana, pelo Twitter, o especialista em software e hardware chamado Foone. Tudo começou quando ele tentou copiar o arquivo aux.h e recebeu uma mensagem de erro dizendo que o arquivo “era muito grande para o sistema de arquivos de destino” — apesar de ele ter apenas pouco mais de 9 KB.

A razão por trás disso está lá em 1974, quando o primeiro Star Wars ainda nem havia chegado aos cinemas. Graças à codificação de Gary Kildall para o CP/M, sistema que serviu de base para alguns recursos do Windows, todos os itens e acessórios ligados a um PC eram vistos como arquivos e estavam em “todos os lugares”, afinal não havia sistema de armazenamento em disco e pouquíssima memória disponível.

“Então, se você tem o [arquivo] FOO.TXT e precisa imprimi-lo, pode executar ‘PIP LST:=FOO.TXT’ o que copia o foo.txt para o ‘arquivo’ LST, que é a impressora”, explica o especialista. “E isso funciona onde quer que você esteja porque não há nenhum diretório. É simples.”


Características semelhantes a essas também estavam presentes no sistema QDOS, que foi comprado pela Microsoft e serviu de base para a criação do MS-DOS. Em suma, essa estrutura foi incluída dentro do Windows e mantida ao longo dos tempos para garantir compatibilidade com versões antigas, revela Foone — inclusive nas edições mais recentes, que tem como base o Windows NT e não o Windows 95.

Acontece que, agora, em 2018, alguns nomes continuam associados a dispositivos e por isso geram esse tipo de erro quando tentam ser criados ou movidos.  Há uma lista dos que não podem ser usados em arquivos do Windows porque foram associados, ainda em 1974, a dispositivos que podiam ser plugados a um computador.

AUX, PRN, COM e LPT são algumas delas e é possível comprovar isso ao tentar renomear qualquer arquivo para esse título em seu computador. Em sua página de suporte, a Microsoft lista todos os “nomes proibidos” na hora de criar um renomear um arquivo para não resultar neste que provavelmente deve ser o erro mais antigo e duradouro da história dos computadores pessoais.

Fonte: TecMundo